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Mensagem  Luiz Sérgio Monteiro Câ Sex Out 17, 2008 6:28 am

Dormência: estados metabólicos especializados
Dormência é um termo geral para a redução das atividades corporais, incluindo a taxa metabólica reduzida.
Ela freqüentemente abrange a heterotermia.
Pode ser classificada de vários modos de acordo com sua profundidade (em relação à capacidade de entrar em alerta e de diminuir a Tc) e sua duração:
sono
torpor
hibernação
Sono de inverno
estivação

Sono: impõe extensos ajustes na função cerebral.
Em mamíferos, o sono de ondas lentas está associado a queda tanto na sensibilidade hipotalâmica à temperatura quanto na temperatura corporal bem como a alterações nos reflexos respiratórios e cardiovasculares.
Durante o sono de movimentos oculares rápidos (MOR), o controle hipotalâmico da temperatura é suspenso.
O decurso e a extensão do sono variam muito entre os animais.

As focas descansam dormindo em um monte de gelo por apenas uns poucos minutos por vez e logo acordam para examinar o gelo na busca dos ursos polares que podem estar-se aproximando.


Os seres humanos e muitos outros mamíferos dormem por horas de cada vez.
Muitos dos grandes carnívoros dormem por tempo tão prolongado quanto 20 horas por dia.
Os golfinhos descansam metade do hemisfério cerebral em poucas horas e depois a outra metade, repetindo assim o ciclo.

Torpor: Quanto mais baixa a Tc, mais baixo o metabolismo basal e menor a velocidade de conversão dos estoques de energia, como o tecido adiposo, em calor corporal.

Assim, é geralmente vantajoso permitir que a temperatura corporal diminua durante os períodos que não são de alimentação ou de inatividade.

Pequenos endotermos, em virtude das suas taxas metabólicas elevadas, estão sujeitos ao jejum durante períodos de inatividade quando eles não estão alimentando-se. Durante tais períodos, entram em Torpor, no qual a Temperatura e taxa metabólica diminuem.
Então, antes do animal se tornar ativo, sua temperatura corporal aumenta em conseqüência de surtos de atividade metabólica, especialmente por meio de tremor e/ou oxidação de depósitos de tecido adiposo marrom (se for um mamífero).
Muitas aves terrestres como o beija-flor realizam diariamente o torpos, permitindo que sua temperatura caia de um nível diário de 40°C para um nível tão baixo quanto 13°C.
Várias espécies de pequenos mamíferos realizam torpor, mas mamíferos grandes têm muita massa térmica para resfriar rapidamente para os curtos períodos de torpor.
Hibernação e Sono de Inverno: um período de torpor profundo, ou dormência de inverno, a Hibernação dura por semanas ou mesmo por vários meses em climas frios.
Ela se inicia por sono de ondas lentas e não tem o sono de movimentos oculares rápidos.
Comum em mamíferos das ordens Rodentia, Insectivora e Chiroptera, que podem estocar reservas de energia suficientes para sobreviver aos períodos em que não há alimentação.
Muitos hibernantes despertam periodicamente (tão freqüente quanto uma vez por semana ou tão infreqüente quanto a cada 4-6 semanas) para esvaziar suas bexigas ou para defecar.
Durante a hibernação, o termostato hipotalâmico é reajustado a um nível tão baixo quanto 20°C ou mais abaixo do normal.
Esquilos despertam cerca de uma vez por semana para ativar sistema imunológico
Na marmota em hibernação, o resfriamento experimental do hipotálamo anterior com uma sonda implantada controlada eletronicamente aumenta a produção metabólica de calor corporal.
O aumento na produção de calor é proporcional à diferença entre a temperatura de ajuste e a temperatura hipotalâmica no momento.
A temperatura de ajuste cai cerca de 2,5 °C dentro de um dia ou dois à medida que o animal entra em estado de hibernação mais profundo.
A velocidade para o alerta ao sair da hibernação é freqüentemente muito mais elevada do que para entrar em hibernação. Assim, no esquilo, a transição do estado de torpor é completada em 12 a 18 horas, enquanto que o alerta requer menos de 3 horas.
A velocidade com que este mamífero de médio desperta depende do aquecimento rápido iniciado pela oxidação intensa da gordura marrom, acompanhada pelo tremor.
Isto freqüentemente causa grande elevação na taxa metabólica.
Embora muitos pequenos endotermos passem por ciclos diários de torpor, suas taxas metabólicas elevadas impedem períodos extensos de torpor na forma de hibernação porque, mesmo no estado de hibernação, eles consumiriam rapidamente os estoques de energia, restando pouco para os processos metabolicamente caros do alerta.
Todos os verdadeiros hibernantes são mamíferos de tamanho médio que pesam pelo menos várias centenas de gramas e grandes o suficientes para armazenar reservas para a hibernação prolongada.
Não existem hibernantes verdadeiros entre os mamíferos grandes.
Ursos, que já foram tidos como hibernantes, de fato simplesmente entram em um “sono de inverno” no qual a Tc cai apenas uns poucos graus e eles permanecem enrolados em um micro-habitat protegido como uma caverna ou um tronco oco.
Com sua grande massa corporal e baixa perda de calor, um urso pode estocar reservas energéticas suficientes para entrar em sono de inverno sem queda da temperatura corporal
Os ursos são capazes de acordar e se tornar ativos rapidamente a qualquer momento durante o inverno – daí ser perigoso encontrar um urso mesmo que ele esteja em sono de inverno.
O sono de inverno, com sua temperatura relativamente elevada, não oferece o mesmo grau de economia de energia da hibernação profunda, mas uma queda na temperatura corporal de apenas uns poucos graus já salva energia.
Estivação: o termo estivação, de definição imprecisa, que também tem sido chamado “sono de verão”, refere-se a uma dormência em que algumas espécies de vertebrados e invertebrados entram em resposta a temperaturas ambientes elevadas e/ou a perigo de desidratação.
Caramujos terrestres como o Helix e o Otala tornam-se dormentes durante longos períodos de umidade baixa após selar a entrada da concha pela secreção de um opérculo semelhante a um diafragma que retarda a perda de água por evaporação.
Muitos caranguejos terrestres de modo semelhante passam as estações secas em um estado inativo no fundo de suas tocas.
Bem conhecidos como estivadores são os peixes pulmonados africanos Protopterus. Esses peixes de respiração aérea vivem períodos de estiagem, em seus lagos secos, estivando no fundo semi-seco até que a próxima estação de chuva encharque a área.
Alguns mamíferos pequenos, como o esquilo da Colômbia, passam o final quente do verão inativos em sua toca, com sua temperatura central aproximando-se da temperatura ambiente. Este estado é provavelmente semelhante do ponto de vista fisiológico à hibernação, mas ele difere na estação do ano.

Luiz Sérgio Monteiro Câ

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Não confundam Empty Bom saber...

Mensagem  Leandro_cbio Ter Nov 04, 2008 8:13 pm

Foi passado para mim que o periodo em que os anfíbios se tornam inativos (inverno) compreende o período de estivação, quando na verdade é um período de torpor...

Leandro_cbio

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